# Modelagem de Ameaças {{#include ../banners/hacktricks-training.md}} ## Modelagem de Ameaças Bem-vindo ao guia abrangente da HackTricks sobre Modelagem de Ameaças! Embarque em uma exploração deste aspecto crítico da cibersegurança, onde identificamos, entendemos e planejamos contra potenciais vulnerabilidades em um sistema. Este tópico serve como um guia passo a passo repleto de exemplos do mundo real, softwares úteis e explicações fáceis de entender. Ideal tanto para novatos quanto para profissionais experientes que buscam fortalecer suas defesas de cibersegurança. ### Cenários Comumente Usados 1. **Desenvolvimento de Software**: Como parte do Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software Seguro (SSDLC), a modelagem de ameaças ajuda na **identificação de fontes potenciais de vulnerabilidades** nas fases iniciais de desenvolvimento. 2. **Teste de Penetração**: O padrão de execução de teste de penetração (PTES) exige **modelagem de ameaças para entender as vulnerabilidades do sistema** antes de realizar o teste. ### Modelo de Ameaças em Resumo Um Modelo de Ameaças é tipicamente representado como um diagrama, imagem ou alguma outra forma de ilustração visual que retrata a arquitetura planejada ou a construção existente de uma aplicação. Ele se assemelha a um **diagrama de fluxo de dados**, mas a principal distinção reside em seu design orientado à segurança. Modelos de ameaças frequentemente apresentam elementos marcados em vermelho, simbolizando potenciais vulnerabilidades, riscos ou barreiras. Para simplificar o processo de identificação de riscos, o triângulo CIA (Confidencialidade, Integridade, Disponibilidade) é empregado, formando a base de muitas metodologias de modelagem de ameaças, sendo o STRIDE uma das mais comuns. No entanto, a metodologia escolhida pode variar dependendo do contexto e requisitos específicos. ### O Triângulo CIA O Triângulo CIA é um modelo amplamente reconhecido no campo da segurança da informação, representando Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade. Esses três pilares formam a base sobre a qual muitas medidas e políticas de segurança são construídas, incluindo metodologias de modelagem de ameaças. 1. **Confidencialidade**: Garantir que os dados ou sistemas não sejam acessados por indivíduos não autorizados. Este é um aspecto central da segurança, exigindo controles de acesso apropriados, criptografia e outras medidas para prevenir vazamentos de dados. 2. **Integridade**: A precisão, consistência e confiabilidade dos dados ao longo de seu ciclo de vida. Este princípio garante que os dados não sejam alterados ou manipulados por partes não autorizadas. Frequentemente envolve checksums, hashing e outros métodos de verificação de dados. 3. **Disponibilidade**: Isso garante que dados e serviços estejam acessíveis a usuários autorizados quando necessário. Isso frequentemente envolve redundância, tolerância a falhas e configurações de alta disponibilidade para manter os sistemas funcionando mesmo diante de interrupções. ### Metodologias de Modelagem de Ameaças 1. **STRIDE**: Desenvolvido pela Microsoft, STRIDE é um acrônimo para **Spoofing, Tampering, Repudiation, Information Disclosure, Denial of Service, and Elevation of Privilege**. Cada categoria representa um tipo de ameaça, e essa metodologia é comumente usada na fase de design de um programa ou sistema para identificar potenciais ameaças. 2. **DREAD**: Esta é outra metodologia da Microsoft usada para avaliação de riscos de ameaças identificadas. DREAD significa **Damage potential, Reproducibility, Exploitability, Affected users, and Discoverability**. Cada um desses fatores é pontuado, e o resultado é usado para priorizar as ameaças identificadas. 3. **PASTA** (Process for Attack Simulation and Threat Analysis): Esta é uma metodologia de sete etapas, **centrada em riscos**. Inclui a definição e identificação de objetivos de segurança, criação de um escopo técnico, decomposição da aplicação, análise de ameaças, análise de vulnerabilidades e avaliação de risco/triagem. 4. **Trike**: Esta é uma metodologia baseada em riscos que se concentra na defesa de ativos. Começa de uma perspectiva de **gestão de riscos** e analisa ameaças e vulnerabilidades nesse contexto. 5. **VAST** (Visual, Agile, and Simple Threat modeling): Esta abordagem visa ser mais acessível e se integra a ambientes de desenvolvimento ágil. Combina elementos de outras metodologias e foca em **representações visuais de ameaças**. 6. **OCTAVE** (Operationally Critical Threat, Asset, and Vulnerability Evaluation): Desenvolvido pelo CERT Coordination Center, este framework é voltado para **avaliação de riscos organizacionais em vez de sistemas ou softwares específicos**. ## Ferramentas Existem várias ferramentas e soluções de software disponíveis que podem **ajudar** na criação e gerenciamento de modelos de ameaças. Aqui estão algumas que você pode considerar. ### [SpiderSuite](https://github.com/3nock/SpiderSuite) Uma avançada ferramenta GUI de web spider/crawler multiplataforma e multifuncional para profissionais de cibersegurança. Spider Suite pode ser usada para mapeamento e análise da superfície de ataque. **Uso** 1. Escolha uma URL e Rasteje
2. Visualize o Gráfico
### [OWASP Threat Dragon](https://github.com/OWASP/threat-dragon/releases) Um projeto de código aberto da OWASP, Threat Dragon é tanto uma aplicação web quanto de desktop que inclui diagramação de sistemas, bem como um motor de regras para gerar automaticamente ameaças/mitigações. **Uso** 1. Crie um Novo Projeto
Às vezes, pode parecer assim:
2. Inicie um Novo Projeto
3. Salve o Novo Projeto
4. Crie seu modelo Você pode usar ferramentas como SpiderSuite Crawler para se inspirar, um modelo básico seria algo assim
Apenas uma pequena explicação sobre as entidades: - Processo (A entidade em si, como Servidor Web ou funcionalidade web) - Ator (Uma Pessoa, como um Visitante do Site, Usuário ou Administrador) - Linha de Fluxo de Dados (Indicador de Interação) - Limite de Confiança (Diferentes segmentos ou escopos de rede.) - Armazenar (Coisas onde os dados são armazenados, como Bancos de Dados) 5. Crie uma Ameaça (Passo 1) Primeiro, você deve escolher a camada à qual deseja adicionar uma ameaça
Agora você pode criar a ameaça
Lembre-se de que há uma diferença entre Ameaças de Ator e Ameaças de Processo. Se você adicionar uma ameaça a um Ator, só poderá escolher "Spoofing" e "Repudiation". No entanto, em nosso exemplo, adicionamos uma ameaça a uma entidade de Processo, então veremos isso na caixa de criação de ameaças:
6. Pronto Agora seu modelo finalizado deve parecer algo assim. E é assim que você faz um modelo de ameaça simples com o OWASP Threat Dragon.
### [Microsoft Threat Modeling Tool](https://aka.ms/threatmodelingtool) Esta é uma ferramenta gratuita da Microsoft que ajuda a encontrar ameaças na fase de design de projetos de software. Ela usa a metodologia STRIDE e é particularmente adequada para aqueles que desenvolvem na pilha da Microsoft. {{#include ../banners/hacktricks-training.md}}